sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Texto argumentativo para 3B

Galera do 3B: nest post vão dois textos sobre o ENEM, ujm contra e outro a favor. Leiam os textos, tirem suas concluões e escrevam uma opinião. O debate será em sala.

Um abraço do Prof


Rudá Ricci: Enem sofre ofensiva de interesses ligados à indústria do vestibular

Na avaliação do sociólogo e consultor na área de educação, Rudá Ricci, há uma disputa de política educacional em curso, e é necessário preservar uma avaliação de caráter nacional. “Uma prova nacional permite que o país trace objetivos de política educacional”, defende. Entre os setores interessados economicamente, segundo ele, estão as próprias universidades, que arrecadam em matrículas, os professores que produzem questões fechadas e abertas, e os cursos preparatórios para o vestibular.

por Anselmo Massad, na Rede Brasil Atual, via Carta Maior

São Paulo – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofre uma ofensiva de interesses, segundo o sociólogo e consultor na área de educação Rudá Ricci. Ele enumera grupos e setores do que chama de “indústria do vestibular”, de cursos preparatórios a docentes encarregados de formular as provas. Para ele, há uma disputa de política educacional em curso, e é necessário preservar uma avaliação de caráter nacional.

“Uma prova nacional permite que o país trace objetivos de política educacional”, esclarece. Um vestibular nacional do ponto de vista da aplicação e do conteúdo promove um impacto no ensino médio, de modo a reverter problemas dessa faixa da educação.

Para ele, os vestibulares descentralizados, feitos por cada universidade, provocam danos à educação, já que o ensino médio e mesmo o fundamental direcionam-se às provas, e não à formação em sentido mais amplo. “O ensino médio é o maior problema da educação no Brasil, é o primeiro da lista, com mais evasão, em uma profunda falência”, sustenta.

“O Enem faz questões interdiciplinares, é absolutamente técnico, é super sofisticado”, elogia. Os méritos estariam em privilegiar o raciocínio à memorização de conteúdos. Isso permitiria que o ensino aplicado nas escolas fosse além do preparo para enfrentar provas de uma ou outra universidade.

O Enem traz uma “profunda revolução”, na visão de Rudá, “ao combater profundamente a concepção pedagógica e política de vestibulares por universidade”. Ao se aproximar dessa concepção nacional – fato que aconteceu apenas nos últimos anos –, interesses de grupos educacionais foram colocados em xeque, o que desperta ações contrárias.

Entre os setores interessados economicamente, segundo ele, estão as próprias universidades, que arrecadam em matrículas, os professores que produzem questões fechadas e abertas, e os cursos preparatórios para o vetibular.

Controle social
Ricci critica a postura do ex-ministro da Educação, Paulo Renato, e da ex-secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. O sociólogo taxa os comentários feitos pelos especialistas ligados ao PSDB como “oportunismo”. Isso porque, segundo ele, o uso da prova como seleção e seu caráter nacional, hoje criticados pelos tucanos, foram objetivos perseguidos durante a gestão de Renato na pasta, de 1995 a 2002.

O que ele considera como mudança de postura é resultado da disputa política, que faz com que os estudantes passem a rejeitar o exame. “Os jovens não querem mais essa bagunça. E têm razão”, pontua.

“Existe uma movimentação para politizar esse tema; vamos ter o avanço de uma oposição organizada, que junta as forças políticas que perderam a eleição nacional com escolas particulares, cursinhos que têm muito interesse na manutenção do sistema de vestibular”, avalia.

O sociólogo defende o modelo de exame nacional, mas acredita que a fórmula possa ser aprimorada, seja com mais dias de provas, seja com provas aplicadas a cada ano do ensino médio. Ele aponta ainda que houve um desvirtuamento da proposta interdisciplinar e sofisticada, empregada originalmente, em função da necessidade de expandir a prova. Em 2010, foram 4,6 milhões de inscritos.

Ele acredita que a postura de críticas deve-se às diferenças partidárias. “Estão politizando o Enem, politizando o ingresso na universidade e o conteúdo da prova”, lamenta. “Seria interessante ter um órgão que execute o exame sob controle social, não de governo, nem de empresas”, sugere.

“A solução é nós discurtirmos nacionalmente esse gerenciamento em um modelo como o americano para o vestibular nacional”, defende. O SAT, usado como método de seleção nos Estados Unidos, é aplicado por agentes privados de modo controlado pelo departamento de educação federal. Além de poder ser aplicado em dias diferentes, cartas de recomendação de professores e outros instrumentos também são considerados na seleção por parte de universidades.

De solução a problema

Por: Rebeca Oliveira

O Brasil é um país surreal. Justamente quando o governo federal lança o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para revolucionar a educação no país, a iniciativa deixou de ser uma solução para se tornar mais um problema ou até mesmo um desastre, como sintetizaram o Ministério Público Federal em São Paulo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, considerou “desastrosa e lamentável” a aplicação do Enem neste ano, depois que foram constatados problemas como cabeçalhos de prova discordantes dos títulos das folhas de respostas. Como se isso não bastasse, estão sendo investigadas denúncias de vazamento de questões pelo Twitter, um microblog que permite postagens em até 140 caracteres.

Todos os erros amadores cometidos pela gráfica RR Donnelley, responsável pela impressão do exame, e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), um órgão do Ministério da Educação (MEC), levaram a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, a suspender temporariamente o Enem em caráter liminar. A partir de uma ação do procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público do Ceará. A decisão, cujo efeito tem validade para todo o país, foi tomada depois do pedido feito pelo procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal no Ceará, por meio de uma ação civil. O Enem – que representa um custo enorme aos cofres públicos (R$ 182 milhões) – corre o risco de perder credibilidade com mais este escândalo. Temendo tal possibilidade, o ministro da Educação, Fernando Haddad, resolveu admitir o erro cometido pelo Inep, embora o MEC já tenha pedido a reconsideração da decisão magistral, já ameaçando entrar com recurso caso a Justiça Federal não reconsidere o caso. O descompasso prosseguiu com as declarações do presidente Lula, que afirmou que o exame tinha sido, “até hoje, extraordinariamente bem-sucedido”.

Contraditoriamente, na quarta-feira, durante visita à África, Lula afirmou que, durante conversa com Had-dad, seriam dadas duas garantias à sociedade brasileira: a primeira, de que os erros já estariam sendo apurados pela Polícia Federal; e a segunda, de que se for necessário “fazer uma prova, duas provas, nós faremos”. Mas uma nota divulgada horas depois pelo próprio MEC reiterou a informação de que o Ministério não tem a intenção de realizar um novo exame, a não ser para os alunos prejudicados, que, segundo a nota, representam um número “muito pequeno”. Ainda na quarta-feira, o procurador Oscar Costa Filho pediu a anulação das duas provas, sobretudo após a divulgação de um possível vazamento do tema da redação em Petrolina (PE). Enquanto o impasse não se resolve, 48 mil vagas em universidades federais que dependem do Enem estão congeladas.

Antes deste mais recente problema, a procura pelo Enem havia aumentado consideravelmente, em especial depois que diversas universidades federais anunciaram que iriam utilizar o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) – aplicado pela primeira vez no ano passado – como forma de seleção, uma alternativa ao vestibular tradicional. Porém, antes mesmo da realização das provas, o cadastramento para o Sisu já apresentava erros. Inúmeros alunos registraram tentativas fracassadas de fornecer seus dados ao sistema. Em 2010, no primeiro dia de inscrições, o portal já apresentava problemas. Desde então, diversos estudantes de todo o país responsabilizam o portal de ter comprometido suas vagas, que foram perdidas devido a constantes mudanças nas listas de espera.

Realizado no último fim de semana, o Enem foi marcado por dois principais erros: a inversão no cabeçalho dos cartões de resposta e, nas provas de cor amarela, questões duplicadas e inexistentes. O MEC calculou que 20 mil provas desta cor – aplicadas em sete estados, incluindo no Distrito Federal (DF) – tiveram algum tipo de problema no tocante à impressão. Deste total, 18 mil foram substituídas no decorrer da aplicação do exame; porém, outras duas mil, que não puderam ser trocadas, causaram estragos aos concorrentes que se submeteram à seleção. Para estes alunos, o MEC disponibilizou a alternativa de realizar a prova novamente nos dias seis e sete de dezembro, simultaneamente à aplicação do exame em presídios. A solução encontrada já foi adotada em provas anteriores, como a realizada no ano passado, no Espírito Santo, onde foi cancelada devido a fortes chuvas ocorridas na região.

Todavia, após tamanhas dificuldades e denúncias, o exame, que deveria facilitar a entrada de alunos no nível superior, tem sido considerado uma “via crucis”, principalmente para quem vê a iniciativa como a única forma de ingresso em uma faculdade, já que o exame também é utilizado no sistema de bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni). Com o registro de falhas no primeiro dia de aplicação das provas, ainda no sábado, o número de abstenções no segundo dia do exame chegou a 29%. No DF foram registradas as maiores desistências: 34% dos estudantes. No momento do manuseio, da impressão e da diagramação das provas, o erro não foi detectado. Por tal razão, a culpa pelo ocorrido vem sendo atribuída à gráfica, que recebeu a verba de R$ 68 milhões para realizar a impressão do exame. Já ao Inep cabia a incumbência de checar o material impresso, o que, obviamente, não foi feito.

Outro erro injustificável foi o possível uso do Twitter por alguns estudantes durante a realização do exame. Alunos postaram mensagens como se estivessem em um chat, enquanto respondiam as questões, trocavam informações e tiravam dúvidas por meio do microblog. Alguns chegaram, inclusive, a tirar fotos da prova. O MEC, já na tarde de domingo, se pronunciou por intermédio da mesma ferramenta, travando uma “queda de braço” com os estudantes.

Intimidando os alunos, o MEC afirmou que o Inep poderá processar todos os envolvidos. Joaquim José Soares Neto, presidente do instituto, saiu em defesa do sistema de segurança durante a aplicação das provas. Sobre o ingresso de alunos portando equipamentos eletrônicos, ele afirmou: “O Inep não tem poder de polícia. Ao termos conhecimento de alguma evidência de que estariam usando aparelhos, encaminhamos [o caso] à Polícia Fe-deral”.

Até mesmo um jornalista integrante do Sistema Jornal do Commercio de Comunica-ção (SJCC) sofrerá punição. O profissional enviou uma mensagem à redação na qual informava o tema da redação. Sobre o ocorrido, o MEC considerou o “ato ilícito, ao atentar contra as regras do certame”. Pouco mais de um ano após o roubo das provas dentro da gráfica responsável por sua impressão, outra falha, desta vez de finalização, coloca em cheque a excelência das empresas responsáveis e a do critério seletivo.

No dia 1º de outubro de 2009, surgiram denúncias de que cópias de duas provas foram furtadas da gráfica Plural, fato que motivou o cancelamento do exame, pronunciado pelo ministro Fernando Haddad. A acusação foi feita pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a partir do momento em que a redação do diário teria sido procurada por um homem que afirmou ter, em mãos, as duas provas e pedia a quantia de R$ 500 mil. Três funcionários da empresa, Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena, foram indiciados por quebra de sigilo funcional e peculato. A Polícia Federal, responsável pela investigação, indiciou também outras duas pessoas que estariam envolvidas nas negociações: o empresário Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid. Como o caso corre em segredo na Justiça Federal, ainda não se sabe até que ponto foi solucionado. Porém, das pessoas apontadas como responsáveis pelo furto, nenhuma foi julgada ou presa.

Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação entre 1995 e 2002, em entrevista ao portal UOL Educação, atribuiu a falta de experiência do consórcio às falhas na segurança que ocasionaram o vazamento. Em seguida, ele alertou: “A prova passou a ter um valor econômico e social muito importante, aumentando a tentação da fraude”.

Após o anúncio do furto das provas, houve a remarcação do exame para dezembro do mesmo ano. Um gabarito publicado erroneamente fez que o Inep fosse obrigado a publicar novo gabarito. Com a sequência de erros, cerca de 200 mil estudantes tiveram seu processo seletivo atrasado, direta ou indiretamente.

O prejuízo deste ano ainda não foi calculado, mas os alunos, as maiores vítimas do mais recente escândalo, terão, de acordo com o presidente do Inep, seus problemas solucionados, um a um.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Modernismo 3AB

Galera,
neste post publicarei vários links sobre a Semana de Arte Moderna de 1922.
A ideia é complementar o que foi apresentado em sala e iniciar uma pesquisa.
Lembrem-se: A internet é uma ferramenta poderosa para levantamento de dados sobre nosso conteúdo, mas nos livros de nossa biblioteca poderemos encontrar informação bem mais consistente e segura para os trabalhos.
Seguem-se os links. Boa pesquisa!

Imagens da Semana de 22
Jornalismo na Semana de 22
Artes plásticas na Semana de 22
Mario e Oswald de Andrade

terça-feira, 27 de julho de 2010

Visita ao Museu Oscar Niemeyer


Olá galera do Ensino Médio, já agendei visita monitorada ao Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como museu do Olho. Será no dia 31 de agosto de 2010.

Há vagas para 60 estudantes, portanto as inscrições deverão ser efetuadas previamente para garantir a autorização dos responsáveis.

Informo ainda que estou procurando incluir o Museu Paranaense em nossa visita. A ideia é que possamos ficar a manhã e parte da tarde em Curitiba.
Um abraço do Profi

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Para 3AB: Estatísticas, ah as estatísticas...


Galera,
nesse bimestre daremos continuidade à leitura de textos de Machado de Assis. Depois de ler e apresentar os contos machadianos, vamos para a grande viagem que é o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Aprendemos a desconfiar de personagens e narradores criados pelo Bruxo do Cosme Velho descobrindo as dúvidas deixadas pelo caminho de cada história nos contos.

No entanto, não é apenas o texto literário que exige nossa mais apurada atenção.Há outros tipos de textos onde nosso "desconfiômetro" de leitor deve ficar ligado.
Para que possamos debater em sala, sugiro a leitura dos artigos Serra volta a abrir vantagem sobre Dilma, Datafolha sob suspeita, e Blogs revelam indícios de manipulação na pesquisa Datafolha

Conversaremos em sala sobre cada um dos textos, a relação entre eles, suas intenções e como foram construídos.

Um abraço do Prof!


Camões para 1ABCD 2010


Meninos e meninas,
nesse bimestre nós tomaremos contato com a obra de Luís Vaz de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa, e, provavelmente, o maior símbolo da cultura lusitana.

Já sabemos que conhecer um escritor também é saber um pouco de sua época, sua cultura e possíveis fontes para sua criação.

Vocês encontrarão, na coluna à direita do blog, links que darão acesso a vídeos e à obra do escritor.
Para navegar pelas pinturas e esculturas do renascimento, período artístico ao qula Camões é relacionado, basta clicar aqui.


Um abraço do Prof e lembrem-se: Navegar é preciso, por isso explorem o blo.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Vitória da Educação!


Reproduzo mensagem do Google sobre a denúncia contra o(a) autor(a) da comunidade que me atacou no orkut:

Olá, Mestreoda,

Obrigado por pela sua denúncia de abuso no orkut em "2010-04-17".

Revisamos a sua solicitação e concordamos que esse conteúdo não está de acordo com os termos de serviço do orkut. Nossa equipe já tomou providências para removê-lo, mas se você o encontrar novamente, reenvie a solicitação.

Agradecemos por ajudar a manter o orkut limpo!

Conteúdo analisado: "racker boy perdeu otária!!!"

A resposta do servidor do Orkut , a excelente conversa com as turmas 1A e 1B e a solidariedade de colegas e muitos alunos encerram esse triste episódio com a vitória da educação libertadora contra a obscuridade da agressão anônima.
Agradeço a todos os educadores, alunos e à fantástica Izabel, por todo apoio.

Abraço do Prof.

domingo, 18 de abril de 2010

Uso criminoso da internet



Meninos e meninas, recentemente fui vítima de calúnia e difamação na internet através do orkut. Todas as imagens e mensagens da comunidade criada e o perfil do(a) autor(a) foram registrados em meu computador e em meu e-mail como garantia que isso não se repetirá.
O fato me incomodou muito e depois de muita reflexão e conversas com minha querida Izabel, resolvi transformar o fato em uma oportunidade para educar.

Inicialmente pensei em processar o(a) aluno(a), mas isso resultaria em muito desgaste para todos envolvidos, além disso, acredito que a pessoa mereça uma oportunidade de repensar o erro.
Levando isso em consideração, pesquisei algumas páginas sobre o assunto e selecionei links para postar aqui. Espero que possamos conversar sobre o tema em uma das aulas. Assim como eu, outras pessoas foram vítimas desse tipo de crime.

O anonimato na internet dura pouco tempo, principalmente quando a pessoa ofendida tem conhecimentos em informática e legislação. O ocorrido deve ser encarado como momento de reflexão porque o estrago que esse tipo de crime causa é arrasador, caso a pessoa não tenha estrutura, muitas vezes leva à depressão e ao suicídio.
Links para sua conscientização e prevenção contra esse crime virtual:

Quebra de sigilo no Orkut: abertura para ações de calúnia, difamação e injúria

Como retirar comunidades ofensivas ou perfil falso no orkut do ar

Orkut e usuários podem ser condenados por ofensa à honra

Acredito que a conscientização e o diálogo é, inicialmente, o melhor caminho para evitar situações como a relatada aqui. Todos os alunos que buscaram conversar comigo sempre foram atendidos sem excessão. Essa página na internet é mais uma prova de permanente busca de diálogo e complementação das aulas em sala, logo não haveria motivos para os ataques sofridos por mim.

Mas acredito na capacidade das pessoas de refletir e aprender. Por isso ainda sou professor.
Um abraço!




sexta-feira, 16 de abril de 2010

Texto de opinião para 3AB

Galera do 3AB,
passaremos a ler mais textos de opinião que ajudarão a preparação para as Olimpíadas de Língua Portuguesa, Enem, vestibulrares e futuros cursos que por acaso fizerem, além de ajudar a serem mais críticos em relação ao cotidiano do país.
O texto escolhido é de Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP - Universidade de São Paulo.
O sociólogo questiona as empresas jornalísticas, particulamente a Folha de São Paulo, em artigo que reproduzimos aqui:

Emir Sader: Por que a Folha mente

16/04/2010

por Emir Sader, no seu blog

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo.

A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio.

Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.

O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.

O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) político, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.

Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 – o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.

Episódios como o da “ditabranda”, da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria “matado” (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista que o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi, que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria “um funeral” (sic). Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.

Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras manipuladas – por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.

Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.

Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

Para outros texto do autor navegue na página da Agência Carta Maior

Conceito de crônica, para 8A

Faz tempo que estou devendo material para a 8A aqui no Linguonautas . Como participaremos das Olimpíadas de Língua Portuguesa, nada melhor que falar da crônica, gênero de texto no qual estão inscritas as oitavas séries.
Reproduzimos aqui o conceito de crônica que encontramos na página Educa Terra:

A crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser vinculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.

Em regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã, na feliz expressão de Fernando Sabino. O comentário pode ser poético ou irônico mas o seu motivo, na maioria dos casos, é o fato miúdo: a notícia em quem ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira. Nessas trivialidades, o cronista surpreende a beleza, a comicidade, os aspectos singulares. O tom, como acentua Antonio Candido é o de "uma conversa aparentemente banal".

Indico também a leitura de crônicas do escritor Moacyr Scliar (aqui), para que possamos bater um papo em sala de aula.
Bem vinda 8A!


sábado, 10 de abril de 2010

A atualidade de Machado de Assis para 3AB


Galera,
navegando pelas ondas virtuais encontrei uma entrevista com o ensaísta e estudioso de literatura brasileira, professor Mauro Rosso. Seus comentário sobre a obra machadiana e, particularmente, os cntos estão na página folhablu.com.br. Visitem, certamente algumas declarações podem ser usadas na resenha e no seminário.
Outra curiosidade é que há diversos vídeos no youtube adaptados a partir da obra machadiana. Veja o resultado após digitar O espelho, pode-se encontrar excelentes trabalhos e experimentos toscos, mas podem ajudar na análise dos contos. Particular atenção para a filagem de "O espelho" dividida em 4 partes, vale a pena. Lembrem-se, nenhum vídeo substitui a leitura porque são meios de expressão diferentes e nossa análise é baseada no texto.
Por último, assistam o vídeo Rio de Janeiro, século XIX que ajudará na contextualização histórica de todos os contos.
Um abraço do Prof.

Texto sobre marcador de turno para 1ABCD


Meninos e meninas,
esse post é específico para os grupos que estão pesquisando marcadores de turno na fala da língua portuguesa brasileira.
Garimpando na internet, encontrei um artigo, de pesquisadoras da USP, que exige leitura atenta acompanhada de um dicionário. Algumas dúvidas que surgirão podem ser sanadas com a releitura do capítulo sobre "Variação Linguística" livro adotado por nós em classe.
O texto Estratégias de manutenção de turno, traz alguns conceitos já explicados em sala e é uma pesquisa sobre o "né" na fala de paulistas. Leiam, tragam os questionamentos para sala de aula para que possamos usar os conceitos no seminário.
Como exemplo do uso do "né", anexei um vídeo onde o cantor Carlos Pitty é entrevistado na rádio Onda Sul, de Beltrão PR. Nosso interesse está nos dois primeiros minutos de diálogo entre entrevistador e entrevistado.
Um abraço do Prof.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tópicos de gramática formal para 1ABCD

Galera,
para uxilía-los nas pesquisas reuni, neste post, algumas dicas encontradas na internet. Os links darão acesso aos conceitos que temos tratado em sala de aula, sob o ponto de vista da gramática normativa. Serão uma ajuda e tanto para completar as ideias que temos trocado.

Concordância verbal
Plural (concordância nominal)
Colocação pronominal

Em breve postarei textos sobre o português falado.

sábado, 3 de abril de 2010

Variação linguística para 1ABCD

Galera,
encontrei mais um pequeno filme sobre variação linguística. Assistam e o usem como inspiração em suas entrevistas. O vídeo Variação Linguística foi feito por estudantes da Universidade de Brasília.
Um abraço do Prof.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Textos de apoio ao trabalho sobre Machado de Assis para 3AB 2010

Galera dos 3A e 3B, Machado de Assis é um dos autores mais interpretados no Brasil. Leitores especializados escrevem artigos, ensaios e livros comentando as obras desse autor considerado o mais completo entre os brasileiros. Para ajudar no seminário e na resenha que estamos elaborando, proponho a leitura de dois textos: As ideias fora do lugar, de Roberto Schwarz e a introdução do livro Contos Definitivos de MAchado de Assis.

O texto de Roberto Schawrz é mais extenso e complexo, exigindo maior atenção e disposição para anotar as dúvidas que surgirem. No entanto, é o que melhor traduz a sociedade retratada por Machado de Assis e amplia as possibilidades de interpretação dos contos discutidos em sala.

O segundo texto é panorâmico e apresenta visões mais genéricas sobre a obra de MA. Sua leitura, porém, pode sugerir linhas de pesquisa adotadas por vocês em sala.

Pelo nível das observações, questionamentos e dúvidas apresentadas em nossos debates prévios na análise do conto de Edgar Alan Poe e dos contos de MA, vocês estão preparados para leituras mais ousadas.
Estarei à disposição para auxiliá-lo em aula e em encontros agendados na escola e por e-mail.


quinta-feira, 4 de março de 2010

O Meu Amor, de Chico Buarque para 1 ABCD 2010


Meninos e meninas,
a letra da música O Meu Amor, de Chico Buarque, além de ser uma linda descrição da pessoa amada, é um excelente exemplo de "eu-lírico" feminino. Lembrem-se, o "eu-lírico" de uma obra poética não deve ser confundido com o criador dessa obra. Leiam a letra e assistam ao vídeo com o próprio Chico Buarque interpretando a música.


O Meu Amor

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

Sala de aula: resenha para 1ABCD e 3AB 2010

Galera,
já começamos a tratar do gênero "resenha", em sala. Encontrei esse texto na página Mytutoriais e fiz algumas adaptações para nossa realidade. Comentarei sobre o conteúdo em classe. Anota quem é esperto!


Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural ( livro, pema, filme, peça teatral, etc), sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenha
Até agora falamos sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Analise para qual público você está fazendo a resenha, idade, escolaridade,etc.Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Aluno do Colégio Estadual Lucy requião de Melo e Silva)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Aluno do Colégio Estadual Lucy Requião de Melo e Silva”.

Contos de Machado de Assis para 3A e 3B 2010


Meninas e meninos, no lado direito do blog, no tópico "escritores", há o link "obras de Machado de Assis" e ao clicar nele terão acesso aos contos, crônicas e romances desse grande contador de histórias organizados pela biblioteca virtual Domínio Público.

Os títulos das obras estão organizados em ordem alfabética e os arquivos estão em PDF, o que exige um programa para ler esse tipo de documento virtual. Entre os contos, está A causa Secreta, leitura importantíssima para nossa discussão sobre a influência de Edgar Alan Poe em Machado de Assis.
Caso seu computador não tenha leitor de arquivos PDF e use "ruindows; XP ou Vista", você pode baixar o Foxit, simples, leve e gratuito.


Aproveitem que estão visitando o blog e naveguem nele, leiam as mensagens antigas, elas podem ajudar bastante, usem sua curiosidade e cliquem nos links à direita, outras disciplinas podem ser pesquisadas por aqui.

Um abraço do Mestre Oda

P.S. Há um grupo do 3A que deve procurar o conto "Teoria do Medalhão" e não "A teoria do Medalhão".

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Vídeo para 3A e 3B 2010 parte 2

Segunda parte do documentário de Machado de Assis.



Vídeo para 3A e 3B 2010 parte 1

Senhoras e senhores, meninos e meninas, nesta página vocês terão a primeira parte de um documentário sobre Machado Assis.
Assistam, vai ajudar muito a desvendar a obra.
Um abraço do Prof.